Perto
de Tóquio vivia um grande samurai idoso que agora se dedicava a ensinar o zen
aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de
derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua
total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica
da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e,
dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos,
contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro
jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai,
estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se
manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a
praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas
pedras em sua direcção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos
conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo
para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde,
sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato do mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: - Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós? - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos. - O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir... |
VISITAS
domingo, 18 de novembro de 2012
DE QUEM É O PRESENTE?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostaria de parabenizá-la, grande amiga, por seu trabalho importante e gostoso, que, nos proporciona conhecimento e sabedoria.
ResponderExcluirAbrações fraternais.
Agustavo.
Como me alegra e me motiva ler essas palavras. Agradecida sempre!
ResponderExcluirMaria Martins.