Andando pela rua da minha cidade, lá vinha uma conhecida, um pouco distante. Claro que eu estava disposta a cumprimentá-la quando passasse por mim.
De repente um pensamento diferente me veio, e lá estava eu envolvida por um cenário bem diferente ao da rua. Quando percebi a conhecida já tinha passado por mim.
Fiquei muito chateada, provavelmente ela pensará que sou antipática e nem quis cumprimentá-la.
Na verdade, fiquei fascinada por um pensamento que me surgiu e fez com que me esquecesse de mim mesma.
A fascinação nos tira do momento e nos deixa distantes ou focada em alguma coisa, mas sem consciência do que está acontecendo.
É como um encantamento. Só que é produzido por nós mesmos. É como uma atração, somos atraídos para aquilo, sem sabermos já nos envolvemos e já estamos adormecidos naquele cenário. Há uma identificação profunda com o cenário.
É o estado em que a maioria de nós nos encontramos. Ficamos fascinados com muitas coisas, principalmente as que brilham, as que chamam atenção, adormecemos a consciência e passamos a viver em um profundo sono.
Uma pessoa preocupada pode estar tão identificada com sua preocupação que não se dá conta de mais nada. O momento não existe para ela.
A pessoa vaidosa quando vê um espelho fica totalmente embevecida e surda para tudo.
O viciado em álcool, quando vê a garrafa já esquece de todas suas promessas.
O arrogante, ao se sentir ofendido, é tomado por uma raiva tão forte que o leva a uma discussão avassaladora. Esqueceu-se de si mesmo e permitiu que a ira o dominasse.
Esta fascinação nos leva ao adormecer da consciência, o que nos impede de ver as coisas como são.
"Nem tudo que parece, é!"
TREINEMOS
Frente aos acontecimentos, devemos ficar sempre atentos às nossas reações e às nossas atitudes. O ideal é sempre voltar para casa, para nós mesmos!
Maria Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários são importantes para mim.